Cruz da Morte: Bitcoin derreteu e o mercado cripto virou pó. O que fazer agora?
No dia 6 de junho era uma festa no mercado criptográfico. Após fechar 9 semanas consecutivas de queda, eis que na semana seguinte, também conhecida como primeira semana de junho, o bitcoin começou a semana em forte alta: superando os 5% – sendo negociado por volta de US$31.459,00.
No entanto, nada melhor que um dia após o outro e uma noite no meio para que todos os pessimistas levarem aquele balde de água fria. Ou como diria no mercado: O famoso bull trap (armadilha de touro) ou, se você preferir: O pulo do gato morto!
No dia 8 de junho, o ativo digital estava sendo negociado por volta de US$30.228,08
No dia 9 de junho, caiu ainda mais, sendo negociado por volta de US$30.033,85.
Então, a partir do dia 12, só foi ladeira abaixo. Até o fechamento deste post/vídeo o ativo digital estava sendo negociado por volta de R$23.442,87. Uma tragédia! Veja o preço atual!
O pronunciamento de uma queda à caminho!
Já faz um tempo que o bitcoin vem naquela lateralização chata e entediante. Subia para os 29 mil, caia para os 28, depois subia novamente para os trinta, 31, 32, 33 e meio e, logo em seguida caia novamente. Como disse: entediante!
Ao logo desse tédio, vários analistas viam afirmando que o bitcoin iria cair para os 20 mil dólares. No entanto, toda vez que um vidente do mercado falava mal do ativo digital, o mesmo subia e toda vez que algum expert falava que o fundo poço já havia sido atingido o preço subia.
Mas, o que me levou a crer, que, de fato, o bitcoin iria dar um beijo de lingua na casa dos 20 mil dólares (20K) é que o ativo digital estava se comportando exatamente quando estava na faixa dos US$6.500 a S$7. 400 dólares.
Naquele período, entre abril e novembro de 2018, o bitcoin ficou 32 semanas nesta marolinha do cacete. O preço ficava oscilando entre os US$5.900 a S$6. 600 – durante essa 32 semanas o ativo chegou a bater os US$8.100 – mas logo voltava para a marolinha.
Muitos analistas estavam convictos de que o ativo digital já havia encontrado o fundo do poço. No entanto, no dia seguinte, 12 de novembro e, subsequentemente os dias seguintes, o ativo mergulhou profundamente, chegando a bater os US$3.148,00.
Até os mais fortes, mais otimistas e mais sensatos se cagaram de medo, tamanho foi a queda do bitcoin. Ali sim, foi o fundo do poço para o ativo digital: 3.200 dólares.
O mesmo comportamento volta a se repetir!
Agora, esse mesmo comportamento, voltou a se repetir, inclusive, quando muitos analistas haviam afirmado que os 28 mil dólares era o fundo do poço.
Em maio o YouTuber Guilherme Rennó, do canal Criptomaníacos publicou uma análise fundamentalista surpreendente: Até onde vi a queda do Bitcoin? Análise da cruz da Morte nunca errou!
Quando vi esse vídeo combinado com a minha cisma, meu, não deu outra, vem mais queda por aí. E de fato, aconteceu.
Segundo ele, o bitcoin sempre cai após cruzar a linha da morte; o famoso Golden Cross (cruz da morte). A cruz da morte ocorre quando as médias móveis de 50 dias (linha azul) cruza para baixo da média móvel de 200 dias (linha preta) que cruza para cima e, quando esse fenômeno acontece, pode apostar que vem mais queda por aí.
Segundo sua análise – com a ajuda da plataforma Rekt Capital – em ano parecido como o que estamos vivenciando ocorreu o seguinte:
Após o bitcoin chegar ao preço mais alto de cada ciclo – que neste ano ocorreu ao chegar aos 69 mil dólares -, o ativo digital começou a corrigir e no caminho teve uma cruz da morte como mostra no gráfico.
Segundo a análise da Rekt Capital – o bitcoin já caiu 40% após o cruzamento da cruz da morte – cujo evento ocorreu em janeiro de 2022.
Portanto e, historicamente, após o bitcoin realizar este triste evento – cruz da morte – o ativo costuma cair muito. No entanto, quando ocorreu a cruz da morte o bitcoin já havia caído muito. Ou seja, é um indicador com um atraso gigantesco.
Exemplo:
Em 2013, por exemplo, o bitcoin atingiu um valor histórico de US$1.400 dólares. Após esse recorde o ativo começou a corrigir drasticamente, levando a uma queda de 73%. Este período de queda durou quatro longos meses (135).
Ou seja, a dita cuja ‘cruz da morte’ ocorreu quatro meses após o ativo digital atingir o seu topo histórico. Neste período, o ativo já havia corrido 73%. Saindo de US$1400 dólares para US$227 dólares.
O que é mais bizarro ainda é que, após a cruz da morte ocorrer, a queda que havia ocorrido antes volta a se repetir.
Se antes o bitcoin havia caído 73% antes do fato da cruz da morte ocorrer, após ele ocorrer o ativo digital costuma repetir quase milimetricamente a mesma queda, e foi exatamente isso que ocorreu em 2013.
Após a cruz da morte ocorrer (2013) o bitcoin caiu mais 71%. Quase a mesma queda: 73%. Como demonstra o gráfico da Rekt Capital, cujo mesmo foi analisado pelo YouTuber Guilherme Rennó.
Em 2017 ocorreu o mesmo fenômeno; Após o bitcoin bater os 20 mil dólares, o ativo caiu cerca de 70% e durante esta queda ocorreu a cruz da morte – cuja mesma levou 107 dias para ocorrer.
E, mais uma vez, após a cruz da morte ocorrer é claro, o mercado voltou a subir e quando tudo parecia que estava tudo ok, o bitcoin caiu mais de 65%. Antes da cruz da morte, houve uma queda de 70% e depois da cruz da morte outra queda de 65%.
Em 2019, o mesmo processo se repetiu! Após o bitcoin atingir o topo dos 14 mil dólares, o ativo começou a corrigir e, 149 dias depois, houve a cruz da morte (veja ovídeo acima). Cinco meses de atraso! E, ao longo desses cinco meses, o ativo já havia caído 53%. Após a cruz da morte houve mais uma queda de 55%.
Por fim, em janeiro de 2020 houve a temida cruz da morte!
Só que, notem uma coisa: Do pico, quando o bitcoin atingiu os 69 mil dólares (por volta do dia 11 de abril de 2021) até acontecer a cruz da morte – 22 de janeiro – o bitcoin caiu 42%. Após o cruzamento da cruz da morte o ativo caiu mais 32%.
Se os ciclos se repetirem a fio, isso significa que ainda vem mais queda aí. Já a queda antes e depois da cruz da morte sempre são extremamente parecidas.
Vamos refletir um pouco: Resumo da queda do bitcoin após o cruzamento da morte
2013:
- Queda 73% antes da cruz da morte,
- Queda de 70% depois da cruz da morte.
2017:
- Queda de 70% antes da cruz da morte,
- Queda de 65% após a cruz da morte.
2019:
- Queda de 53% antes da cruz da morte,
- Queda de 55% após a cruz da morte.
2022:
- Queda de 43% antes da cruz da morte,
- Queda de …. depois da cruz da morte.
Quando a última cruz da morte ocorreu – 22 de janeiro de 22022 – o bitcoin já havia corrigido 42% – e após o cruzamento ‘já’ houve uma queda de 32%. Isso significa que o bitcoin ainda tem uma margem de 10% de queda pela frente – podendo levar o bitcoin para a casa dos US$22.700 dólares – tendo uma queda idêntica de antes e depois da cruz da morte.
Caso isso ocorra, isso significa que pode ser o fundo do poço, de acordo com este outro gráfico, da média móvel de 200 dias (linha amarela) – onde as bolinhas verdes indicam que – quando o bitcoin caiu muito – o ativo sempre respeitou a média móvel de 200 dias, segundo a análise do YouTuber e da Rekt Capital.
É complicado, mas ao mesmo tempo faz sentido, não é mesmo pessoal. Principalmente se olharmos o histórico do bitcoin.
No entanto, isso não significa que eu tenha mudado de opinião. Ou seja, pra mim, essa queda do bitcoin é pura e simples manipulação. Como eu já expliquei nesses vídeos aqui:
- Bitcoin em queda livre: Inverno cripto é o cacete, é manipulação pura
- O bitcoin caiu ou está sendo manipulado! Só blá, blá, blá!
- Wall Street manipula o preço do bitcoin! Wall Street, não somos otários!
- Bitcoin desabou! O que fazer? Dicas e conselhos!
Apesar dos analistas afirmarem que o fundo do poço possa estar na casa dos US$22.700,00 dólares. Isso não significa que possa romper esse fundo. E o que pode mostrar esse rompimento é este índice: MEDO e GANÂNCIA!
Índice: Medo e Ganância
No momento que este post/vídeo está sendo redigido/gravado o índice está apontando no 11. Ou seja, o mercado está com medo extremo. Sendo que no mês passado o índice mostrava que o medo extremo estava no número 9. Acesse e veja em tempo real!
Como desgraça pouca é bobagem, no dia 17 de maio (foto) deste ano o índice: medo e ganância chegou a apontar para o número 8. Vale lembrar que este índice vai de zero a cem. Portanto, como diz aquele velho ditado: Não há nada tão ruim que não possa piorar.
Sendo assim, vamos sim, buscar os 20 mil dólares antes de ultrapassar os 100 mil dólares! Quem quiser acreditar acredite. Quem não quiser, pule fora do barco porque o pior ainda está por vir.
Boa sorte a todos!
