SEC interrompe ICO fraudulenta que tinha planos de criar um “banco descentralizado”

A Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos Estados Unidos anunciou em 30 de janeiro, um pedido formal para interromper a Oferta Inicial de Moeda (ICO) da Startup AriseBank, porque apresenta características de um esquema fraudulento, e além disso, seria uma oferta de Valores não registrada.
A denúncia foi recentemente introduzida no tribunal do distrito federal da cidade de Dallas, Texas. A empresa usou uma estratégia de marketing através de redes sociais e o patrocínio de celebridades, o que lhes permitiu levantar 600 milhões de dólares em apenas dois meses para financiar o seu projeto do “banco descentralizado” através da ICO que emitiria a criptomoeda AriseCoin. O objetivo era arrecadar um bilhão de dólares!
A SEC alega que a AriseBank declarou falsamente que comprou um banco garantido pelo Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), o que lhes permitiria oferecer aos clientes contas bancárias garantidas. Além disso, eles alegaram ser capazes de emitir cartões VISA para serem usados com mais de 700 criptomoedas diferentes, quando, aparentemente, isso era mais uma promessa duvidosa.
Outro problema que levou ao processo é que uma informação foi ocultada, do qual um dos principais executivos da empresa possui antecedentes criminais.
O tribunal ordenou o congelamento de ativos de emergência sobre a startup, inclusive os seus ativos digitais, como criptomoedas. A intenção é proteger os ativos para que eles possam ser devolvidos aos investidores. As criptomoedas Bitcoin, Litecoin, Bitshares, Dogecoin e BitUSD foram encontradas na posse do AriseBank.
Se essa ICO fosse finalizada e a AriseBank, de fato, entrasse em operação, esse projeto de criar um banco descentralizado que não só apóia as criptomoedas – como também iria emitir um cartão que poderia ser carregado com criptomoedas -, certamente iria ser um oásis para esse mercado promissor.
Os bancos não gostam das criptomoedas, tanto que, muitos usuários estão tendo suas contas correntes canceladas sem uma justificativa plausível. Foi o que ocorreu recentemente com a CoinBR.
A empresa emitiu um comunicado via e-mail alertando seus usuários que teve a sua conta corrente do Banco Bradesco cancelada. O banco alegou que não tinha mais interesse comercial em manter a conta aberta. Fala sério!
No caso da AriseBank, esse tipo de coisa poderia acabar,caso a ICO fosse finalizada e o startup entrasse em operação.
Vale lembrar que, recentemente, outra ICO desapareceu após arrecadar US$ 374 mil (R$ 1,2 milhão) de investidores. A empresa “Confido” prometia oferecer “um aplicativo baseado em blockchain para realizar pagamentos e rastrear encomendas”, no entanto, a mesma sumiu da internet, deixando centenas de investidores na mão.
Todo cuidado é pouco na hora de participar de uma ICO (oferta inicial de criptomoedas). Preparamos um pequeno guia e um guia definitivo sobre o que é e como participar de uma ICO (em breve) – para que você – não cair em armadilha. No caso da AriseBank, a SEC viu que tinha algo errado e interrompeu a ICO e os ativos digitais (criptomoedas) que os investidores investiram serão devolvidos. Já os investidores da “Confido”, ficaram na mão.
Com informações do site: www.studiobitcoin.com